terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Sua blusa amarela foi pra mim o sol


Viajei nos delírios de te esperar contando cada trem que na plataforma adentrava, a observar sorrisos falhos e roupas coloridas, uma confusão de imagens tornando cada segundo uma pequena eternidade.

Vc surgiu rapidamente com uma blusa amarela que me iluminou o dia, aguardava vc no final da grande escadaria que vc rapidamente venceu ignorando completamente o grandioso obstáculo, cada degrau era pra mim como um pequeno século a nos separar, imaginei durante este tempo mil formas de lhe falar qualquer coisa, naquele instante só fiz o silencio.

Os momentos correram tão depressa contrariando os beijos que faziam o mundo girar parado, uma absurda revoada de pássaros voava cantando, imaginação minha, mais foi tão linda quanto o resto do dia, que na verdade era noite.

Como pode na eternidade dos momento o tempo se fazer tão curto e na imensidão do mar da espera o mesmo tempo impor o correr lento do relógio? Parece a mim uma imponente orquestração do tempo com a pura finalidade de se tornar o senhor absoluto das vidas as quais toma como suas... Ah... Aqueles pássaros eram o que senão o tempo me fazendo ganhar tempo?

Felizmente naquela noite vencemos as provas que as horas nos forçavam, e sim, a noite virou novamente um dia.

Um comentário:

Cristiano Nadai disse...
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