sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Kiss me



Levemente sentia a fria brisa a tocar meu rosto trazendo silenciosamente uma sensação de frescor e o cheiro de suas mãos quando acariciavam o meu rosto na imensidão daquela noite repleta de luzes sons e movimento. A lembrança permaneceu ali, intacta, ao sabor do ir e vir da brisa...

Meus olhos pregados enquanto que minha boca ainda de leve recordava a pressão que seus lábios fizeram contra os meus, subtraindo um do outro o mais puro mel.
O entrelaçar de nossos dedos procurando conforto, o quente e provocante deslizar de sua mão sobre o meu corpo aquecendo minha mente com malícias delicadas, a sinfonia da sua voz desafinada abafada pelo barulho habitual dizendo nada e esperando nada como resposta fez com que o tempo parasse naquele instante, a espera de um silenciador beijo ardido.

Curiosamente a brisa passou, as lembranças tomaram seu lugar como imagens do passado que deveria esquecer, o singelo e pequeno raio de sol fitou meus olhos que os seus naquela noite evitavam olhando serelepes para os cantos ou deixando os meus escuros com o repousar de sua mão sobre os meus como vendas a esconder o que vc não queria sentir.

Acordei do transe, mas foi tão bom que não queria, ou melhor, queria fazer deste pequeno sonho uma eterna realidade, mesma que fadada a morte rápida, mas dona de uma intensidade verdadeira.

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