segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Eu só queria te contar uma história romântica ... E o amor não sabe esperar.



Sai em meio a uma apresentação na facu, atravessei a avenida e fui ao encontro da criatura, em meio a árvores e gente correndo, conversamos muito sem nada acontecer de tão especial, tanta generalidade foi dita que não lembro uma só palavra que saiu de sua boca.

Depois de uma demora tamanha atravessamos a praça e voltamos a civilização, descendo a rua encontrei algo que não estava preparado para conhecer. De camisa rota, com uma estampa nada verdadeira, tratando e reclamando de assuntos nada nossos, sem a menor ressalva, te conheci, pelos deuses como foi importante pra mim aquele dia.

Levando bomba na nota da facu, desperdiçando boa parte da noite com aquele papo idiota, entendi que os acasos da vida nos fazem refletir sobre o real sentido de se andar pelas ruas ao leu, por vezes andei depois daquele dia, pelos mesmo lugares, com a finalidade pura de te encontrar, algo que não acontecia.

Chupando um sorvete subi a rua e encontrei vc em meio a alguns amigos, com a mesma falta de intimidade e a mesma vontade de fazer com que ela acabe o encontrei, mas foi tão rapido e tão sem sentido que subi a rua como antes estava fazendo e parti sem olhar pra trás, até parece que não queria, mas não o fiz.

Descendo alguns pontos de ônibus antes do meu destino, passando por querer naquela praça que sei ser frequentada por vc, apenas com a finalidade de te ver, por um segundo, de longe, o meu tempo era bem curto, mas já era o suficiente pra ficar feliz.

Nunca tive assim uma conversa com vc, de verdade por alguns minutos, era tudo que eu queria, disse bem certo, queria, isso porque após uns combinados que não deram certo deixei de esperar, a minha atitude não foi entendida, e o silêncio outrora dominante se refez e tornou-se uma barreira ainda maior entre nós.

Estranho, apesar de gostar de vc, não tenho motivos pra isso, nada do que gosto de verdade e admiro de fato na vida tem reflexo em vc, a não ser o sorriso nos lábios que me fascina. As pontes que nos ligavam não o fazem mais, e assim não sei mais o que fazer, não sei mais se espero vc ou se parto pra outras coisas. Fiz algumas manifestações sentimentais que não gostei de fazer, mas acabei por fazê-las com a finalidade pura de vc me ver, coisa de criança sem brilho, mas eu fiz, e até que acabou indo bem kk, o tiro deu certo.
Aquela pergunta vc me fez mas não senti uma verdadeira vontade de fazê-la a mim, vc me olha enxergando acredito que outra pessoa, ou é vc que não transparece o que quer de verdade. Acontece que meu tempo tá acabando, meu gostar por vc está se transformando em frustração, o passo seguinte é em indiferença, finalizará em um grande nada e esse destino vem caminhando sim a passos largos.

Curiosamente aprendi que não quero esperar por vc, e mesmo que seu sorriso, tiradas sarcástica daquele dia, a imagem de vc me apertando kk, pra ser se era real, está sumindo de minha mente, vejo a imagem se quebrar como um caleidoscópio de paisagem, que aos poucos vai desaparecendo e transformando-se em uma imagem de mina de metais, escavada por máquinas e repleta de buracos profundos e cheios de lama, cada poça é o vazio que sinto em te esperar. Perto dali tem um jardim muito bem cuidado, flores vistosas e borboletas magnificas, pegue em minha mão rapidamente e venha comigo, vc tem um segundo pra dizer que sim, como sempre digo: o amor não sabe esperar, e eu não vou esperar por mais muito tempo.

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