terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Metal Contra as núvens

I


Não sou escravo de ninguém

Ninguém é senhor do meu domínio

Sei o que devo defender

E por valor eu tenhoE temo o que agora se desfaz.

Viajamos sete léguasPor entre abismos e florestas

Por Deus nunca me vi tão só

É a própria fé o que destrói

Estes são dias desleais.

Sou metal, raio, relâmpago e trovão

Sou metal, eu sou o ouro em seu

metal, me sabe o sopro do dragão.

Reconheço meu pesar

Quando tudo é traição,

O que venho encontrar

É a virtude em outras mãos.

Minha terra é a terra que é minha

E sempre será minha terra

Tem a lua, tem estrelas e sempre terá.

II

Quase acreditei na sua promessa

E o que vejo é fome e destruição

Perdi a minha sela e a minha espada

Perdi o meu castelo e minha princesa.

Quase acreditei, quase acreditei

E, por honra, se existir verdade

Existem os tolos e existe o ladrão

E há quem se alimente do que é roubo

Mas vou guardar o meu tesouro

Caso você esteja mentindo.

Olha o sopro do dragão...

III

É a verdade o que assombra

O descaso que condena,

A estupidez o que destrói

Eu vejo tudo que se foi

E o que não existe mais

Tenho os sentidos já dormentes,

O corpo quer, a alma entende.

Esta é a terra-de-ninguém

Sei que devo resistir

Eu quero a espada em minhas mãos.

Eu sou metal, raio, relâmpago e trovão

Eu sou metal, eu sou o ouro em seu brasão

Eu sou metal, me sabe o sopro do dragão.

Não me entrego sem lutar

Tenho ainda coração

Não aprendi a me render

Que caia o inimigo então.

IV

- Tudo passa, tudo passará...

E nossa história não estará pelo avesso

Assim, sem final feliz.

Teremos coisas bonitas pra contar.

E até lá, vamos viver

Temos muito ainda por fazer

Não olhe para trás

Apenas começamos.

O mundo começa agora

Apenas começamos.

(Legião Urbana)

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